O Ecomuseu

Ribeira de Pena é um concelho de fronteira entre o Minho e Trás-os-Montes, onde se encontram o Alvão, o Barroso e o próspero vale do Tâmega. Fruto desta situação, possui um património rico e peculiar, de contrastes e simbioses que estão na origem de uma identidade muito própria caracterizadora da sua comunidade.


O Ecomuseu de Ribeira de Pena pretende preservar e divulgar o património cultural da comunidade ribeirapenense, assim como promover e dinamizar a ação cultural na sua região de implantação.










sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Apresentação do livro "Linho de Cerva e Limões - Tecendo o Futuro"


No dia 5 de agosto, foi apresentado na Casa da Cultura – Museu da Escola o livro “Linho de Cerva e Limões – Tecendo o Futuro” da autoria de Sandra Teixeira e António Luís Ferreira. A obra escrita em Português e Inglês assume-se como um excelente instrumento de divulgação e promoção da cultura do linho, estando já prevista a sua distribuição no estrangeiro.

A XVIII Feira do Linho foi o momento escolhido para a divulgação desta obra que dá a conhecer a história e os trabalhos das tecedeiras de Cerva e Limões.

Os autores agradeceram a colaboração das artesãs e todo o apoio que receberam para a elaboração deste catálogo, que procura mostrar não só a riqueza do património ligado ao linho, mas o potencial dos trabalhos, e as perspetivas para o futuro.

Para mostrar as abordagens mais contemporâneas, a apresentação contou com a intervenção da conhecida designer de moda Marita Moreno, que explicou como tem utilizado o linho produzido em Cerva no fabrico das suas peças e o sucesso e reconhecimento que estas têm recolhido no estrangeiro.

Na sessão de apresentação esteve presente o Presidente da Câmara Municipal, Rui Vaz Alves, que louvou a iniciativa dos autores salientando “a atenção que o livro dá ao património imaterial ligado à cultura do linho, abordando uma perspetiva até então nunca explorada, que busca a alma e o coração desta arte”. O edil terminou lançando o desafio da “expansão do linho pela via artesanal, honrando a tradição, e pela via industrial através da criatividade e da inovação”, a fim de “ tornar o linho num fator de promoção do crescimento económico e numa alavanca para o desenvolvimento do concelho de Ribeira de Pena”.

O livro foi editado pela Verde Novo, com o apoio do Município de Ribeira de Pena e da Junta de Freguesia de Cerva e Limões.





Representação da peça "O Lubis-Homem" de Camilo Castelo Branco


No passado dia 4 de agosto de 2016 realizou-se a encenação da peça “O Lubis-Homem”, de Camilo Castelo Branco, junto à Igreja Matriz de Ribeira de Pena.

A obra em referência é uma Comédia em que Camilo Castelo Branco se retrata a si mesmo no papel de protagonista (um estudante disfarçado de lubis-homem) rodeado de todo o cenário que circunscreveu a sua vida em Ribeira de Pena, na altura em que se casou com Joaquina Pereira de França: um estudante travesso e conquistador, um galanteador que se enamora de Joaquina (retratada na personagem Mariana) sem prever as consequências. Para além do valor biográfico de que se reveste a obra, Lubis-homem é também a narração de uma série de quadros de vida campestre na região: serões, encamisados, estúrdias, arraiais, crenças e preconceitos populares, que a Filandorra-Teatro do Nordeste reproduziu em palco, regressando a meados do século XIX.

Esta produção, além de toda a Companhia, entre atores, técnicos e produção, pretendeu envolver a população local numa experiência de Teatro e Comunidade a partir da inclusão em figurações especiais de elementos das associações culturais locais (Associação Artesãos da Trofa, Associação Recreativa, Cultural e Desportiva de Balteiro, Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Santa Marinha, Cooperativa de Linho de Limões e Cooperativa de Linho de Cerva).

No final do espetáculo, homenageou-se o teatro amador de um grupo de amigos que, em 1978, representaram pela primeira vez a peça Lubis-homem, em Ribeira de Pena. Entre os atores encontravam-se Isabel Guerra Alves (Mariana), Jorge Sousa (Carlos de Ataíde/Lubis-homem), Álvaro Borges (João da Eira), António Rodrigues (O Vigário de S. Salvador), Ilda Fonseca (Miquelina do Prado), Amadeu Borges (Encamisado), Manuel Sousa “o Cabacinha” (Encamisado). A produção e encenação dos anos 70 estiveram a cargo de João Vilela e Manuel Vilela.

As duas representações teatrais de Lubis-homem tão distanciadas no tempo vêm comprovar e reforçar a ideia de que Camilo Castelo Branco é um elemento fulcral na identidade e na memória cultural dos ribeirapenenses.





175 anos do casamento de Camilo e Joaquina


No âmbito das comemorações do Ano Camiliano em Ribeira de Pena e inserida nas festividades da XVIII Feira do Linho, decorreu no dia 4 de agosto a encenação do casamento de Camilo Castelo Branco e Joaquina Pereira de França, no adro da Igreja Matriz do Divino Salvador, assinalando os 175 anos deste matrimónio.

Esta iniciativa, promovida pelo Município de Ribeira de Pena, foi encenada pela Companhia Filandorra – Teatro do Nordeste e contou com os frequentadores dos Centros de Convívio que, vestidos à época, animaram a boda que se seguiu à cerimónia com a participação da população.





Inaugurada Casa da Cultura-Museu da Escola


O Ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Vieira da Silva, e o Presidente da Câmara Municipal, Rui Vaz Alves, inauguraram, no dia 4 de agosto, a Casa da Cultura – Museu da Escola de Ribeira de Pena.

Este projeto resulta da reconversão da antiga escola primária Adães Bermudes, que foi também sede da delegação escolar, localizada em pleno centro da vila de Salvador. A intervenção representou um investimento público superior a 350 mil euros.

Além do acervo ligado ao património escolar e da informação referente à evolução do ensino primário em Portugal, a Casa da Cultura - Museu da Escola assume também uma função pedagógica, ao disponibilizar aos professores e alunos recursos de apoio ao ensino e aprendizagem. 

No seu discurso, o Presidente da Assembleia Municipal, João Noronha, salientou o simbolismo deste edifício centenário, por onde passaram centenas de Ribeirapenenses, que com esta recuperação podem reavivar ainda mais as memórias de infância. 

O importante papel que esta escola teve no passado foi também destacado pelo Presidente Rui Vaz Alves, que realçou ainda a polivalência do espaço para acolher a realização de iniciativas de carácter artístico e cultural, sublinhando, o grande investimento que o seu executivo tem efetuado no sentido da democratização da cultura.

Para o Ministro Vieira da Silva, a Casa da Cultura - Museu da Escola permite compreender como o acesso à educação evoluiu ao longo dos tempos, afirmando que, atualmente, o Governo está empenhado na universalização do ensino pré-escolar, dada a sua importância na formação dos mais novos.